É claro que quando as dificuldades atingem níveis acentuados, de forma que as coisas parecem nunca melhorar, a nossa tendência é ao desanimo e a levantar questões sobre estar ou não sob refúgio dos seres celestiais.
Não existe facilidade em compreender a atuação de um universo superior, protetor e cuidador, ele parece não atuar, o mesmo ocorre na questão de um universo inferior, acusador e desabrigador. Quando duvidamos da existência do bem, fica claro que a existência do mal deve ser subestimada.
De fato, se você não vê a atuação do bem, sem a existência da fé, não existe a possibilidade de acreditar em um mal, principalmente um mal absoluto que é presencial e palpável.
Resumindo em uma situação cristã teísta :
Se não existe Deus, não existe diabo... se não existe bem, não existe mal... se não existe bom, não existe ruim.
Há possibilidade de algumas doutrinas terem opinião contraria?
Claro! Quer queira , quer não, toda religião tem um fluxograma que envolve a vida terrena e a passagem para a vida etérea, com a classificação do nível e potencial de ação do poder superior.
A verdade de cada um independe da doutrina, já que a dificuldade não faz acepção de pessoa.
Embora a dificuldade de uns pareça ridícula para outros, é nosso dever respeitar o tempo correto de cada um. Se sua dificuldade é dinheiro, você acha que quem tem dinheiro não tem dificuldade porém, existe toda um histórico de vida que pode comprovar que, ricos ou pobres, pretos ou brancos, homens ou mulheres, qualquer ser humano enfrenta o desafio de viver um dia atras do outro.
Outra verdade inerente a natureza humana é que, em vida, nada é eterno. Se a felicidade é passageira em vida, a dor também o é. É uma questão de adaptação.
Talvez seja mais difícil entender isso quando estamos passando por uma doença que degrada e causa dor física extrema, como um câncer. Provavelmente , quem sobreviveu a uma patologia severa com o câncer teve seus momentos de dúvida, mas a recuperação envolveu uma dose grande de fé. Nesse sentido não há uma meia possibilidade. A fé é a única possibilidade de recuperação para quem esta em um processo de dor.
Mas que tipo de fé?
A fé, o acreditar! Não necessariamente o acreditar em um Deus material ou espiritual. O acreditar que a alcançará a cura.
Seja pelo tratamento, medicação, procedimento cirúrgico , aliado ou não à fé em um bem atuante que pode interceder e levar à cura.
Sendo a dor um momento passageiro, como explicar que alguns sobrevivem a ela e outro não conseguem ultrapassa-la nem mesmo com toda a fé.
Lembre-se que nada na vida é por acaso. Somos a consequência de nossas ações somadas às reações de quem nos rodeia. É difícil acreditar que um inocente pode estar sofrendo consequência de uma ação . Uma criança não deveria passar por uma doença degradante que poderá leva-la a uma morte prematura. Porém, por trás de toda essa dor existe uma família, um corpo clínico, um conjunto de amigos... pessoas que estarão sendo atingidas de alguma forma, que poderão voltar-se a fé ou mesmo agrupar-se em torno da esperança.
Isso seria uma justificativa para tal situação?
Talvez para quem nunca passou por situação semelhante,tal fato pareça algo admissível mas, para quem já passou, o sofrimento nunca é algo que se aceita com facilidade.
É possível que, hoje, as situações de nossa vida estejam nos levando a duvidar da presença divina entretanto todo sofrimento é passageiro e, se tivermos fé e esperança suficiente, conseguiremos retomar nossa vida de forma a aceitar as coisas que não podemos modificar.
Diário Secreto do Mensageiro da Verdade